TODOS UNIDOS PELA EDUCAÇÃO!

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quinta-feira, 26 de março de 2015

UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA...

NOSSO PATRONO: Abílio Cesar Borges - O Barão de Macaúbas 

Tombada pelo Patrimônio do Município desde 1985, a Escola Municipal Barão de Macaúbas é um marco na história da educação brasileira. No terreno da Rua Padre Januário, 220, em Inhaúma, onde se ergue a imponente construção de 1909- existia a casa do médico e educador Abílio Cesar Borges, o Barão de Macaúbas. Abílio César Borges, o Barão de Macaúbas, um grande idealizador do cenário educacional do Brasil no período de 1856 a 1880, um grande pensador educacional. Nasceu em Rio de Contas, na Bahia,em nove de setembro de1824. Em 1858, fundou o Ginásio Baiano, em Salvador. Em 1847, transferiu-se para o Rio de Janeiro onde cursou a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e onde instalou o Colégio Abílio. Foi diretor Geral de Instrução Pública e um dos precursores do livro didático. Por suas contribuições na área educacional, em 1881, ganhou o título de Barão de Macaúbas, concedido por D. Pedro II.Torna-se um dos diretores que influenciados pela revolução intelectual da Europa e da América protagonizaram o movimento para a popularização da educação de forma universal com dedicação geral à ciência. E a direção que ele deu à educação foi baseada em formular métodos, com erros e acertos originais e brilhantes, e, sobretudo, por ser um apaixonado, em formar homens, dando toda vida à infância e adolescência no exercício mais completo que se pode conceber do magistério e da educação.
O Brasil na época de Abílio César Borges nada mais era do que uma nação atrasada que copiava ainda mais contrastada com a escravidão e os senhores. O Brasil nada mais era do que um país dividido em dois onde a cultura parecia não existir em um e no outro se mostrava prepotente. Abílio César Borges não pertencia a nenhum desses dois brasis. O seu Brasil era um Brasil de esperança na civilização tornando-se igual aos outros países.
Ele dirigia um colégio onde a criança era guiada para ser educada e nunca reprimida - quase uma revolução. Muitas das suas ideias em relação aos programas, currículos e métodos de ensino mostraram uma penetração rara e de grande avanço para a época. Abílio batalhou por um ensino inteligente e prático, pelo ensino direto das línguas vivas, contra os programas excessivos e absurdos, contra o ensino direto de regras de moral e, no curso secundário, soube compreender que os estudos da língua nacional, da matemática e da história deviam constituir o seu núcleo fundamental. Isso em 1875, quando ainda hoje não são poucos os que têm sobre a matéria opiniões que só se reúnem na magia do pensamento humano, mesmo que só em reuniões...
Para Abílio a educação era o único meio pelo qual poderia se ver o país crescer e enriquecer. Para isso não mediu esforços e tratou a educação como um processo de abrangência nacional - seus métodos eram destinados a unificar o país em torno, principalmente do homem. Para ele "a liberdade e a democracia somente seriam possíveis com a verdadeira e geral instrução" e a liberdade teria que ter como base principal a instrução. Na prática, para que funcionasse seu entendimento do processo passou a escrever uma admirável coleção de livros didáticos e chegando, até, à invenção de aparelhos escolares.
Com extinção de seus colégios a teoria - obra de seu pensamento -, que estava toda centrada em método de transformação da educação, caiu quase no esquecimento a não ser pelo material escrito imortalizado em "O Ateneu", uma obra que mostrou o quanto ele se empenhava na educação. Era, na verdade uma figura de ficção, com que o representou o romancista Raul Pompéia, mas a obra representava o seu pensamento que era formado por seus colégios e pela admiração de colegas e estudiosos.
Parece que a ficção o acompanhava em suas ações, pois as coisas que Abílio Borges viu, pregou e praticou foram muitas das mais significativas inovações do seu tempo, desde a simplificação dos métodos de ensino para a leitura e escrita até a compreensão da imensa riqueza de informação e cultura que a nova época abria para os homens. Viu, pregou e praticou tudo isto com eficácia sem igual, nem uma só vez se deixando levar pela confusão, tão fácil, de apaixonarem-se pela beleza dos novos meios de educação, esquecendo os seus fins. A eficiência do seu ensino se demonstrava a segurança de seus métodos. Um exemplo disso era encontrado em seus colégios.
Nossa nação teve a infelicidade de nascer sob a fatalidade de uma desigualdade social tão profunda, que nos dividiu primeiro, entre brancos conquistadores e índios, depois, entre brancos senhores e pretos escravos, o que sucede na classe dominante só tem real importância para o país, se o regime de divisão social se mantém e as duas nações continuam a coexistir no estranho paralelismo de sua simbiose a educação também acompanha essa divisão.

Abílio César Borges morreu em 16 de fevereiro de 1891 e hoje seu nome significa muito mais do que nome de ruas e escolas pelo Brasil afora. Seu exemplo se ergueu como um padrão do nosso orgulho, inspirando-nos a certeza e a segurança de podermos ter, como têm os países civilizados, escolas primárias que sejam escolas primárias, ginásios que sejam ginásios, escolas superiores que sejam escolas superiores e universidades que sejam universidades para todos os brasileiros, do mesmo modo por que esse grande educador do Império pôde fazê-los para os poucos selecionados daqueles remotos tempos.

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